11.23.2008

Tuneis de realidade (parte2)



Falemos agora da PMCI ( programação mental casualmente induzida), mais especificamente do pólo negativo.


Considerando da mesma forma o indivíduo A. Imaginemos um segundo caminho, uma escolha diferente por parte do indivíduo.


Ele continua no emprego, por mais dez anos, a monotonia instala-se, existindo ausência de impeto, de "aceleração acelerada". O individuo A cai na estagnação, torna-se sedentário. O impacto no sistema operativo cerebral, mais concretamente na execução do mesmo é silenciosamente devastador. As rotinas mentais diárias são as mesmas, o que irá no campo fisico-cortex, criar uma inflexibilidade cada vez maior face a adaptações de diferentes tuneis mentais, os mesmos não irão mudar, e á medida que o tempo passa, o facto do indivíduo A se manter no mesmo tunel de realidade irá afectar o poder de análise do mesmo face a novas situações tanto no "input" laboral, quanto no "input" sentimental; pois estará cada vez menos susceptivel a evoluir, logo "morrerá" em todas as suas rotinas programáticas. Devido á afectação mental interna, o feedback que o individuo demonstra perante as condições socio-económicas que o envolvem, irá ser cada vez mais fraco, menos "pronto" na resposta perante exigencias externas desse mesmo ambiente socio-económico. A posição do individuo A nesse ambiente irá decrescer cada vez mais, devido precisamente á falta de movimento, até o mesmo se tornar um ser acéfalo, burro e comportamentalmente abjecto, incluindo-o e lidando com a ultima desgraça - a queda e desfalecimento do estado de graça existencial.


Em conclusão, cabe-nos a nós saber auto-programarmos os nossos sistemas operativos, de forma a atingirmos o sucesso pretendido, qualquer que seja a nossa definição pessoal de "sucesso". Podemos também escolher em que tipo de ambiente estamos integrados, se num ambiente onde tudo o que nos rodeia está em permanente movimento e inercia, se preferimos aquele em que nada muda, onde a médio-longo prazo iremos cegar-nos com falsas sernsações de segurança.

Penso que num mundo onde nada muda, não existe segurança, apenas fantasia, pois quando nada muda durante muito tempo, apenas significa que quando a mudança chegar, será avassaladora e extremamente fascista, envolvendo em caos aqueles que não estão preparados, que estagnaram.


Sejam inteligentes, e adaptem-se. criem infinitos tuneis de realidade e saltem de uns para outros sem qualquer tipo de problema ou custo.


"Preocupem-se menos e pensem mais - Combatam a escassez de Q.I."


- Robert Anton Wilson

1 comentário:

Anunn disse...

A questão que deixei na primeira parte deste tema mantêm-se, não sei até que ponto se pode saltitar sem nos perdermos no caminho. Na minha opinião pessoal acho que se queremos chegar por exemplo ao céu, temos de ter fortes raízes na terra, como aquelas árvores gigantes ancestrais. Elas estão aparentemente no mesmo sítio, mas estão a mover-se em sentido ascendente e descendente ao mesmo tempo, as raízes bem profundas e as copas a "tocar" no céu. Não consigo expressar o que quero dizer de outra maneira, por isso usei essa analogia hehehe