
Como robert anton wilson disse, existem diversos tuneis
de realidade, querendo com isto dizer que existem diversas
formas, consoante o individuo, de interpretar a realidade que
o rodeia.
Subjectvidade é a palavra que se melhor se aplica á análise que
aqui aplico.
Mediante a nossa condição social, psicológica, fisica
e se estamos ou não sujeitos a influências externas (psicotropicos, pressões psico-emocionais),
a forma de interpretarmos o que nos rodeia pode variar.
Penso que é de conhecimento intrinseco e comum que o mesmo indivíduo, pode
numa fracção de segundos mudar a sua forma de apreciar a realidade que o rodeia.
Criemos um exemplo ilustrativo (neste post, apenas iremos abordar o primeiro ramo de programações mentais,
a programação positiva/constructiva, sendo os outros abordados em entradas posteriores).
Chamemos á pessoa deste exemplo Individuo A.
O indivíduo A tem um emprego normalissimo, já á 2 anos; considerando a
moldura temporal, podemos esperar habituação comportamental criada por uma rotina de
dois anos no mesmo trabalho. Hoje o individuo A no entanto, recebeu uma proposta aliante por parte de uma empresa
diferente, proposta essa que inclui uma remuneraçao mais elevada...
O sujeito A irá sentir-se profissionalmente "desejado" e "reconhecido". Esse reconhecimento
das suas capacidades profissionais irá gerar no individuo, um sentimento de optimismo face á
pessoa em que se tornou, cimentando na psique do mesmo a convicção de que conseguirá tornar-se
ainda melhor. O indivíduo A acabou de autogerar um codigo de autoconduta inercial.
Com o objectivo de se melhorar, o individuo irá provavélmente optar por terminar o curso que
nunca concluiu, ou «tirar» o mestrado...
Aqui ja nos encontramos no ramo da programação mental casualmente induzida.
A PMCI ( programação mental casualmente induzida ) tem 2 pólos - o positivo e o negativo.
O sujeito sentiu-se por factores externos «motivado», causando no mesmo uma reacção que alinhou
o «polo positivo» do seu comportamento sujeitando-o a uma inércia comportamental ascendente -
ele pondera aumentar as suas qualificações, investir em si próprio (como acima referido).
Acabámos de presenciar uma mudança nas rotinas do «programa operativo» que o rege, que determina as suas acções.
A partir deste ponto , o individuo A, irá começar a frequentar meios euruditos (faculdade, instituto) causando uma alteração
de magnitude semelhante á primeira (quando o individuo A decidiu investir em si mesmo), mas
agora noutras rotinas comportamentais.
Com a ingressão do individuo num universo académico, onde a análise, a lógica e metodos de verificação de verassidade
de permissas, o seu intelecto irá alterar-se, assim como a forma de interpretar o que o rodeia irá sofrer alterações
significativas, bem como o seu túnel de realidade...
É obvio que o que analisámos não pode ser atribuido apenas á PCMI positiva,
temos que considerar a capacidade do «sistema operativo» do individuo aceitar
essa programação. Tal como num sistema informático, existem programações ( no nosso caso psicobiológicas) nativas
- tudo o que compreende a estrutura psicológica do individuo e respectivos programas pré-embutidos - que admitem mais facilmente «codigos-fonte» ou programas
externos; e mediante as escolhas, os individuos que são mais facilmente programáveis revelam uma taxa de sobreviencia social e emocional mais elevada.
A capacidade do indivíduo auto-programar o «polo positivo» do seu sistema operativo quer aceitação de PMCI ou do desenvolvimento de novas rotinas mais desejaveise eficazes
que as nativas revela uma capacidade de adaptação e adopção de diferentes tuneis de realidade, "saltando" de tunel em tunel, conforme as exigências circunstânciais, do meio
ambiente envolvente ou mediante as pessoas que nos rodeiam,com quem queremos comunicar ou não...
Numa programação «positiva» e «constructiva» cujo objectivo último é o auto-desenvolvimento, iremos programar "tudo" através da criação de mini-rotinas, gerando
uma inércia de acontecimentos propensos aos objectivos que implementámos no nosso sistema operativo biológico, "forçando" e condicionando todas as nossas acções e
decisões, de forma a atingir a directriz operativa principal que no nosso sistema auto-inserimos
(fim da parte I )